Solicitação à Casa Civil é uma medida mais firme na luta para erradicar a discriminação racial no esporte Evitar práticas de combate ao racismo poderá se tornar um motivo para perder recursos federais via Lei Geral do Esporte para clubes, federações e confederações. Trata-se uma solicitação do Ministério do Esporte à Casa Civil como uma medida mais firme na luta para erradicar a discriminação racial no esporte brasileiro.
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Em Vitória, para a inauguração de novos espaços esportivos, na tarde desta quarta-feira, o ministro do Esporte André Fufuca revelou que é preciso tomar medidas mais enérgicas no combate ao racismo e explicou a última ação do ministério.
- A gente fez ontem (terça-feira) uma solicitação à Casa Civil para que haja uma alteração no que diz respeito à Lei Geral do Esporte, lei que temos como parâmetro para o repasse dos recursos federais às confederações, federações e clubes. A gente sugere que todos aqueles clubes, federações ou confederações que não façam nada para coibir, e que não tenham ações práticas contra o racismo, tenham o repasse de recursos federais suspensos - declarou o ministro, em entrevista ao portal A Gazeta.
André Fufuca, ministro dos Esporte
Mateus Fonseca/Governo-ES
A solicitação à Casa Civil surgiu após o episódio de racismo sofrido pelo atacante Luighi, do Palmeiras, em duelo contra o Cerro Porteño, válido pela Libertadores Sub-20. O Ministério do Esporte se manifestou oficialmente ao cobrar investigações da Conmebol. E também entende que não é um problema apenas em outros países da América do Sul, mas que também é recorrente no Brasil, e por isso pretende ser mais efetivo no combate ao racismo.
- Essa é uma medida dura, firme, mas que ajuda muito no combate ao racismo. Até porque é um absurdo o que a gente vê hoje. O caso do Luighi é um caso absurdo, mas igual a esse tem vários casos que acontecem todos os dias e a gente não vê ação de quem pode fazer algo. Então pensando nisso, a gente entrou com essa solicitação de mudança porque eu acredito que é um passo importante no combate a uma prática que já deveria ter sido abolida há muito tempo. E infelizmente ainda há pessoas, em pleno ano de 2025, que têm isso como natural - finalizou Fufuca.
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Fonte: Esporte