O Canadá — que também tem sido alvo de tarifas específicas por parte do vizinho — lidera com pouco mais de 24%.
“O Brasil tem a menor exposição direta e indireta às tarifas dos EUA, uma vantagem de ser uma economia muito fechada”, escreveu o Bank of America em relatório.
Seguindo a mesma linha, a Moody’s aponta que somente tarifas sobre o aço e o alumínio não devem apresentar grande repercussão ao Brasil.
“Os produtos de aço representam menos de 1% do total de exportações para o México e pouco menos de 5% para o Brasil. Apesar de sua importância no aço, nenhum dos países é um grande fornecedor de alumínio para o mercado dos EUA”, afirma a agência de classificação de risco.
“Embora as tarifas sejam dolorosas para os produtores locais de aço — o México envia quase 90% de suas exportações de aço para os EUA, enquanto os EUA são o destino de pouco menos de 50% das exportações brasileiras de aço — não esperamos grandes impactos em toda a economia”, escreveu a instituição.
Para a agência de classificação de risco, o “mais preocupante” para a economia brasileira será o impacto indireto vindo pela desaceleração mais ampla das economias chinesa e global.
“O Brasil ostenta toda a cesta de commodities, de metais industriais a produtos agrícolas e até petróleo, com as exportações de minério de ferro e metais respondendo por cerca de 15% das exportações totais do Brasil”, citou.
“Enquanto os EUA são o mercado de exportação mais importante do Brasil para aço, a maior parte da produção brasileira de aço é destinada ao consumo doméstico. Não é absurdo pensar que as exportações de aço com preços fora dos EUA poderiam encontrar um lar em outro lugar”.
Outras ameaças de Trump
Além das tarifas sobre o aço e o alumínio, o Brasil foi ameaçado pela política comercial do presidente norte-americano, Donald Trump, anteriormente.
Quando divulgou que seu gabinete passaria a trabalhar na definição das tarifas recíprocas, Trump também citou diretamente o Brasil, mirando especificamente nas taxas aplicadas sobre o etanol que entra por aqui.
O caso mais drástico para os brasileiros foi a ameaça que o presidente dos EUA proferiu repetidamente contra os membros do Brics.
Se o republicano vier com tudo para cima do Brasil, a Moody’s estima as tarifas efetivas médias aplicadas pelos EUA aos produtos brasileiros deve saltar de algo entre 1% e 2% para quase 10%.
Repercussão no Brasil
Ainda assim, setores brasileiros manifestam sua preocupação quanto às barreiras comerciais.
Na terça-feira (11), a entidade disse que manteve o posicionamento.
Enquanto isso, o governo brasileiro tenta se aproximar da gestão norte-americana para alinhar possíveis exceções e acordos.
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